quarta-feira, 5 de março de 2014

Missa abre oficialmente a Campanha da Fraternidade na Baixada Santista

A missa de Quarta-feira de Cinzas abriu oficialmente o início da Quaresma e o lançamento da Campanha da Fraternidade 2014, cujo o tema é Fraternidade e Tráfico Humano - É para a liberdade que Cristo nos libertou. A celebração ocorreu na Catedral de Santos, no Centro.

O bispo diocesano de Santos, dom Jacyr Francisco Braido, falou da importância desta fase.  “Durante todo esse tempo, vamos meditar, tirar o pecado de dentro de nós. É preciso superarmos o apego a nós mesmos e nos voltarmos para os outros para respeitá-los e assim criaremos uma sociedade diferente”.

A escolha do tema surgiu da proposta dos grupos de trabalhos de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e de Combate ao Trabalho Escravo levada à Conferência dos Bispos do Brasil (CNBB) e a entidades ligadas à Pastoral da Mobilidade Humana.
 
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O que é

A Organização das Nações Unidas (ONU), no Protocolo de Palermo (2003), define tráfico de pessoas como “recrutamento, transporte, transferência, alojamento ou acolhimento de pessoas, recorrendo-se à ameaça, uso da força ou outras formas de coação, ao rapto, fraude, engano, abuso de autoridade, situação de vulnerabilidade ou ainda entrega, aceitação de pagamentos ou benefícios para obter o consentimento de uma pessoa que tenha autoridade sobre outra para fins de exploração”.

Segundo a ONU, o tráfico de pessoas movi<CW19>menta anualmente 32 bilhões de dólares em todo o mundo. Desse valor, 85% provêm da exploração sexual. Ainda conforme a organização, no Brasil o tráfico de pessoas faz cerca de 2,5 milhões de vítimas por ano, incluindo homens, mulheres e crianças, mas principalmente pessoas vulneráveis e carentes psicologicamente e de recursos.

Para dom Jacyr, a denúncia é um ponto fundamental na solução para esse grave problema. “É preciso também que a gente tenha uma atenção para denunciar coisas que acontecem à nossa volta”.

Quaresma

Para os católicos, Quaresma é a preparação para a Páscoa, é momento de reflexão e de conversão. Segundo dom Jacyr, a campanha da fraternidade acompanha esse período. “É tempo de reflexão, jejum, penitência, meditação para se chegar à celebração da Semana Santa. Temos que viver nossa vida sabendo que a morte é uma realidade certa. Mas não é o fim de tudo. É a passagem para uma vida perfeita”.

Dom Jacyr comenta que neste período é importante ter uma compenetração espiritual séria. O jejum é um símbolo. “Não é fazer jejum absoluto e total. É saber se privar de coisas que atrapalham a vida da gente e saber dizer não”. Para o bispo, o tema da campanha da fraternidade se une à Quaresma. “É preciso fazer jejum de traficar pessoas”.     
fonte: atribuna.com.br