
“Só Deus sabe criar a harmonia a partir das diferenças”, frisou o Pontífice.
Na Praça de São Pedro, o evento, que se insere na programação do Ano da Fé, uniu como uma única família milhares de pessoas e peregrinos do mundo inteiro.
Sobre a primeira característica, Papa Francisco destacou que a oração deve ser vivenciada na simplicidade e perguntou se as famílias buscam momentos para viver a fé em família:
“Queridas famílias: rezais algumas vezes em família?”, e continuou: “É preciso simplicidade: para rezar em família, é necessária simplicidade! Rezar juntos o ‘Pai Nosso’, ao redor da mesa, não é algo extraordinário: é fácil. E rezar juntos o Terço, em família, é muito belo; dá tanta força! E também rezar um pelo outro: o marido pela esposa; a esposa pelo marido; os dois pelos filhos; os filhos pelos pais, pelos avós… Rezar um pelo outro. Isto é rezar em família, e isto fortalece a família: a oração”.
Em seguida, apresentou a segunda característica fundamental para o equilíbrio familiar: a fé.
“De que modo nós, em família, guardamos a nossa fé?”, e refletiu: “ Conservamo-la para nós mesmos, na nossa família, como um bem privado, como uma conta no banco, ou sabemos partilhá-la com o testemunho, com o acolhimento, com a abertura aos demais? Todos sabemos que as famílias, sobretudo as jovens famílias, estão frequentemente “correndo”, muito atarefadas; mas já pensastes alguma vez que esta “corrida” pode ser também a corrida da fé?”, questionou.
“Guardai a fé em família e colocai o sal e o fermento da fé nas coisas de todos os dias”, pontuou.
A respeito da terceira característica, Papa Francisco voltou a perguntar: “Como se vive a alegria, na tua casa? Como se vive a alegria na tua família?”.
“A verdadeira alegria que se experimenta na família não é algo superficial, não vem das coisas, das circunstâncias favoráveis… A alegria verdadeira vem da harmonia profunda entre as pessoas, que todos sentem no coração, e que nos faz sentir a beleza de estarmos juntos, de nos apoiarmos uns aos outros no caminho da vida”, frisou o pontífice.
Na base desse sentimento está a presença de Deus, com seu amor paciente, misericordioso e acolhedor, refletiu.
“A paciência é uma virtude de Deus e nos ensina, na família, a ter este amor paciente, um com o outro. Só Deus sabe criar a harmonia a partir das diferenças. Se falta o amor de Deus, a família também perde a harmonia, prevalecem os individualismos, se apaga a alegria. Pelo contrário, a família que vive a alegria da fé, comunica-a espontaneamente, é sal da terra e luz do mundo, é fermento para toda a sociedade”, disse.
Por fim, rogou a bênção para todos os presentes e pediu que inspirem a vida familiar, no exemplo da Sagrada Família de Nazaré.
Cerca de 100 mil pessoas marcaram presença na missa de encerramento da peregrinação.
Fonte: Rádio Vaticano.
fonte: a12.com.br